“Piranha
Teeth” e a música pós-humana brasileira (MPB)
Por Amante
da Heresia (a.k.a. Léo Pimentel Souto)*
em uma zona cinza de
MekHanTropia, há uma curva num vortex de saci onde as leis da lógica são meras
espectadoras. nela habita um certo alQUEERmista peculiar que rege uma harmonia
cósmica intrinsecamente ligada a um ritual insólito: para ouvir a melodia transcendental
das suas estrelas é preciso que deixemos que nossas orelhas sejam mordidas por
uma específica piranha biomecânica gigeriana de estimação.
pois bem, eis minhas orelhas
pra jogo! nhac! nhac! nhac! nhac! nhac! nhac! nhac! rapá du céu! que dentada
afiada essa da porra da moléstia! dentes feito uma quimera entre pétalas de
rosa e agulhas de cristal! pronto! hacking sangrento realizado! sim! agora
ouço! conexão direta com as vibrações cósmicas! sinfonia de dor e êxtase! amor
e protesto! eros, suor e fúria!
Acesse o EP "Piranha Teeth" de Fredé CF pelo link: https://fredecf.bandcamp.com/ |
a experiência vem em sete
talhos. fantasmagoria sensorial de minha carne crua, um tanto indigesta. a dor
da mordida de cada um dos sete rasgos sonoros, se dissolve na sinfonia cósmica
de violão, voz, letra e sons eletrônicos que inundaram minha mente.
cada dilaceração é uma viagem
pelos confins do universo frederiano de suas constelações sonoras. eita
alQUEERmista danado!
agora exibo, orgulhosamente,
estas singelas cicatrizes em forma de microconto, tatuadas pelas mandíbulas
etéreas de Piranha Teeth de Fredé CF, como um logotipo de banda de black metal,
cujo estripamento sugerem a sigla MPB, música pós-humana brasileira.
pós-créditos: "ainda bem que nesse rio não sonhamos com candirus elétricos! porque seria o maior pesadelo! ufa!" (Amante da Heresia).
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