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segunda-feira, junho 13, 2022

(RESENHAS) Impressões, reflexões e percepções sobre o EP "Eu hoje chorei minha morte" e o videoclipe "Resquícios de Carbono e Silício (do lado de dentro)", de Fredé CF

Olá! Acompanhe e mergulhe nas impressões, reflexões e percepções sobre o EP "Eu hoje chorei minha morte"e o videoclipe "Resquícios de Carbono e Silício (do lado de dentro)", lançados por Fredé CF no primeiro semestre de 2022. 

Os textos abaixo foram escritos espontaneamente por Denise Carvalho, Edgar Franco, Leo Pimentel, Larissa Dias, Raquel Alves e Gazy Andraus (nessa ordem). 

Não se esqueça de clicar nos hiperlinks para acessar as obras. Se puder, me mande também suas impressões pelo e-mail fredcfelipe@gmail.com ou pelo Instagram @fredecf
 Boa fruição!

Clique aqui para ouvir o EP "Eu hoje chorei minha morte"

Acompanhe abaixo as impressões, reflexões e percepções de professores, artistas, comunicadores, ativistas, magistas, pesquisadores, psicanalistas, filósofos, etc. sobre o EP “Eu hoje chorei minha morte” e sobre o videoclipe "Resquícios de Carbono e Silício (do lado de dentro)", obras de Fredé CF:

Denise Carvalho: Olá Fredé. Acabei de ler seu texto sobre o novo álbum. Incrível! Adorei!!! Muita filosofia e com questões reflexivas profundas. Você está melhor a cada dia, desenvolvendo um conteúdo e linguagem únicos. Parabéns mesmo. As músicas de "Eu hoje chorei minha morte", para mim, trazem uma pegada tipo Zé Ramalho...Uma espécie de mistura entre mpb-folk-rock-rap-psicodélico-progressivo...

Senti esse EP mais musical e rock'n roll! Simplesmente demais!!! Em MekHanTropia, por exemplo, senti como se você estivesse agoniado, com medo, sabe? Neste agora a vibe é bem diferente. Sinto você mais jovem, vivendo aventuras pelo mundo e com sua própria voz (não sei explicar direito) mas me fez mergulhar em um universo paralelo. Seu som bateu como o Led Zeppelin ou o Pink Floyd bateram em mim na década de 1970 e 80, mas organizando uma resistência social e mergulhando conscientemente nas sombras. Um rock que vai além do protesto, aponta um rumo e diz: é por aqui!!! Resistência e Mergulho...é por aqui a saída!!! Muito bom mesmo! Parabéns de verdade! Olha, em seu aniversário celebramos sua vinda ao mundo e o dia é seu! Viva o Fred!!!! Mas peço uma licencinha a você para celebrar junto a maternidade e a mãe que nasceu contigo. Ouvindo você hoje nessa obra eu sinto muito orgulho por ser sua mãe. Muito talento, sensibilidade, espírito rebelde, visäo política refinada, densidade teórica e autoconhecimento. Gratidão, filho. O Rock'n Roll não morreu e acabou de reNascer no nosso Portal 40... Wow!!!! Beijos.


Clique aqui para ouvir o EP "Eu hoje chorei minha morte"

Edgar Franco (a.k.a. Ciberpajé): Tenho acompanhado com entusiasmo as criações musicais de FREDÉ CF, e a cada nova obra fico estupefato pela qualidade das múltiplas atmosferas criadas e da força conceitual de cada faixa/canção. "Eu hoje chorei minha morte" é o EP mais diverso sonoramente criado por FREDÉ, nele você encontrará canções de violão e voz como a INCRÍVEL "In The World of Bones", que parece ter saído de algum disco perdido de Neil Young com participação especial de Raul Seixas, a mesma pegada está na intensa "Resquícios de Carbono e Silício (do lado de dentro)", que fecha com impacto o EP caminhando para algo minimalista e denso ao final!

Mas além das canções, a obra investe em inúmeras atmosferas diferentes que vão do dark ambient às trilhas sonoras de Ficção Científica e horror, trazendo muitos trechos em "spoken word" - na tradição de meu projeto Ciberpajé - com o qual Fredé estabeleceu instigantes parcerias que muito me honram.

"MekHanTotens TranZinários" traz a voz "muro das lamentações" de Gazy Andraus, conhecido musicalmente pelo projeto “Essence”, em um texto que conecta o conceito de zine à MekHanTropia de Fredé.

"O Oitavo Passageiro Pós-mekHanTrópico" é uma abissal viagem sonora com um clima lovecraftiniano e um texto explosivo e visceral do iconoclasta Amante da Heresia (Léo Pimentel).

Minha participação incidental na ummagummiana "O Acimador/Cani Buiu Mantra" surpreendeu-me pelo que Fredé criou com meus uivos e sons. O experimentalismo e a verve psicodélica demarcam o território autoral de Fredé CF, e esse novo EP - que marca a sua transição de (re)vida ao completar 40 anos de idade -, é um impressionante ato poético-sonoro que mexe com nossas entranhas e almas!

Parabéns, meu querido amigo! Muita saúde e sucesso sempre! E que siga brindando-nos com sua arte iconoclasta e necessária!

Sobre o videoclipe: Mais uma OBRA de IMPACTO que contribui para a expansão do universo MekHanTropia criando ramificações sonoro-reflexivas e imagéticas. A músicalidade traz a característica de trovador solitário de voz e violão em sua estrutura básica, somada aos ruídos e sons estranhos criando uma combinação inusual. As imagens criam uma bela tensão com a letra cáustica e poética com reflexões necessárias para nossos tempos sombrios, a participação de Amante da Heresia traz a sua assinatura visual que somada aos visuais lisérgico-urbanóides de Fredé CF criam uma nova dimensão. O videoclipe "Resquícios de Carbono e Silício" é um chacoalhão na alma! O Ciberpajé Recomenda!



Léo Pimentel (a.k.a. Amante da Heresia): sentimos-nos livres, porém estamos sendo amplamente vigiados. mesmo que em fragmentos as redes e as rodovias da informação, nos reúnem e nos pegam de jeito. nos fragmentam e nos recompõem como o teletransporte faz em jornadas nas estrelas. neste entre espaço conseguimos romper com o imperativo da transparência? conseguiremos ser opacos? opacidade como estratégia de resistência? pulverizar nossa opacidade a cada vez que tentam nos recompor para nos dominar? ser influencer ou não ser influencer? eis a questão? como escapar da telecracia sendo um artista audiovisual? ser monstro? sim! foi o que vi neste videoclipe! fredé entra na máquina de teletransporte, mas agora na de cronenberg, como o cientista seth brundle (jeff goldblum), mas não entra só. entramos juntos! ele e eu? hahaha sim! que honra e alegria a minha de ter sido levado junto! puxado pela mão como uma criança atentada! e dai saímos fredé e eu voando com uma única mosca monstra! hahaha valeu grande amigo! parabéns! adorei o videoclipe e o EP! adorei como você nos fez escapar da transparência telecrática mekhantrópica!


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Larissa Dias: Bom dia Fredé!! Tudo bem? Primeiro, te desejo um feliz novo ciclo! Que venham muitas alegrias, sucesso, coragem, amor e saúde neste novo caminhar! Eu estou atrasada com 2 trabalhos seus, mas curti demais esse, que parei para ouvir as 6h da manhã.

Legal a participação deste pessoal! Adoro essa voz de mestre dos magos do Gazy Andraus. O Edgar Franco sempre arrasa e também o Amante da Heresia!

Como sempre gosto muito do andamento das suas músicas e da organização do EP como um todo. Tudo ficou muito show com sua voz também!!! Arrasou! Eu vou ouvir o outro álbum em breve e depois eu comento. Sempre vejo luz nos seus trabalhos, em todos eles, e também uma inocência escondida, que todos nós precisamos recuperar para sermos alma, de verdade. Um fortíssimo abraço!


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Raquel Alves: 1982, UM ANO MUITO ESPECIAL: Sexta- Feira, 26 de Março de 1982. Sob a presidência do último presidente da ditadura militar, João Figueiredo, o governo de Ary Valadão e a prefeitura de Índio do Brasil Artiaga Lima, eis que Goiânia ganha mais um filho: Frederico Carvalho Felipe. Quem nasceu em um ano de tantos destaques, jamais poderia passar despercebido em mais uma primavera da vida, ainda mais os 40 anos de idade, comemorados com o lançamento de um EP incrível: “EU HOJE CHOREI MINHA MORTE”. Em 1982 fomos agraciados com a efervescência do rock nacional. Bandas como Legião Urbana, Titãs, Blitz, Ira!, Capital Inicial, entre outras. Já no âmbito internacional vimos o surgimento de grandes grupos como A-Ha e Propaganda. E não é só isso. Neste ano, o Flamengo foi o campeão brasileiro. Já em Goiás, o Vila Nova conquistou seu 10° título estadual (até que enfim!).Tivemos também a copa do mundo, realizada na Espanha, onde não tivemos tanta sorte, pois fomos desclassificados pela Itália, mas a seleção foi eternizada como uma das melhores de todos os tempos. Na telinha, os brasileiros se emocionavam ao assistir às novelas “O HOMEM PROIBIDO E SOL DE VERÃO” (Inclusive eu tenho esse vinil), ambas da rede globo. Nas telonas, o filme que arrastava o público para o cinema era “Carruagens de fogo” e foi o ganhador do Oscar. Melhor Ator: Henry Fonda. Melhor atriz: Katharine Hepburn. Em nossas rádios, só sucessos. Tivemos a explosão da maravilhosa “Você não soube me amar”, da Blitz. Ouvíamos com encantamento a maravilhosa “Should I Stay Or Should I Go” do The Clash, “Down Under” do Men At Work, “Just I Can't Enough” do Depeche Mode, Stevie Wonder e Paul McCartney com “Ebony and Ivory”, Djavan com “Samurai”, Lulu Santos e seus “Tempos Modernos”, Rita Lee e as maravilhosas “Banho de Espuma” e “Flagra”, Alceu Valença e sua “Morena Tropicana”, Dalto e o megassucesso “Muito Estranho”, Marcos Sabino com “Reluz”, 14 Bis e “nossa linda juventude”...Tanta coisa boa, né?! Eita! 1982 foi um ano marcante, histórico e surpreendente. De acordo com o site playback FM a música mais tocada no dia 26 de março de 1982, dia de nascimento de Fredé CF, foi “I Love Rock'n’Roll” de Joan Jett and The Blackhearts. Não é todo mundo que tem a honra de nascer ao som deste hino dos amantes do rock! O moço que nasceu com talento nas veias, veio ao mundo para expandir todo o seu brilho a todos que o rodeiam.

VAMOS AGORA COM A RESENHA:

Aniversariar é uma grande dádiva da vida, onde as esperanças se renovam e as oportunidades de se libertar para se permitir vivenciar novas experiências é um processo fascinante na vida de qualquer indivíduo.

Eu hoje chorei minha morte” é um verdadeiro presente de aniversário!

E ao desembrulhar esse presente, FREDÉ CF se deparou com muitas surpresas, que revelam a vontade incessante de renascer. Virar a página da vida. Neutralizar as dores. Desapegar. Um processo pessoal, criativo e espiritual que se transforma por meio da finitude de certas demandas, obrigações, sensações e relações que precisam sair de cena para que o novo possa surgir.

O álbum se volta para esse renascimento pessoal que o 40° aniversário proporciona. Um mergulho interno de uma forma analítica, ficcional e minimalista. O resultado é um profundo resgate da alma, da mente e dos prazeres para serem apreciados e vivenciados de maneira infinita. A razão mesclada com a emoção. O eu-lírico arrebatador como resposta a tudo que o cerca. O poder de usufruir, aproveitar, se deleitar com tudo que o futuro lhe reserva aliado a essa virada de chave junto ao encontro de um novo ciclo.

Letras futuristas, viscerais, intensas e com uma altíssima dosagem de afeto. A força de um ariano aqui representada por uma leitura musical que traduz a personalidade de Fredé CF. A descoberta de um novo momento, impulsionado pelo renascimento sob um perfil humanístico e poético que será também histórico e consequentemente, cultural.
Você está preparado para o que está por vir? Eu estou, e te convido a desfrutar desse presente e comemorar junto com FREDÉ CF a chegada desse novo ciclo. Vamos lá?

Faixa 1 - SCIENTER (PS&Co ATAQ): As comemorações começam por aqui. Nesta festa do recomeço, que muito me lembrou Kraftwerk pela sua tão peculiar sonoridade, vem acompanhado de uma trilha sonora embalada por uma voz cavernosa e robotizada, se alia a barulhos de sirenes, onde acordes de violão se fundem com sons experimentais. Frases desconexas criam em minha mente um fabuloso e curioso universo ficcional, através de uma releitura de PS&Co. Ataq onde o passado vem à tona com uma nova roupagem. Com ares de modernidade e renovação. Uma atmosfera robótica que impressiona ao mergulhar em cada verso, onde se contempla hipnotizado cada mutação física, psíquica e transcendental presente nesta letra. A genialidade criativa dessa música é de tirar o fôlego!

Faixa 2 - Tá na hora de cantar os parabéns! MEKHANTOTENS TRANZINÁRIOS (FEAT. GAZY ANDRAUS): Com a participação do professor e pesquisador Gazy Andraus, parabenizo vocês pela maravilhosa faixa 02 do álbum que pode ser chamada de música ou de maravilha poética! É uma aula de interpretação da representação da mente e dos comportamentos humanos nos aspectos analíticos e cognitivos, com interrogações que permeiam o nosso subconsciente sobre o que é real e virtual. E esse silêncio não nos permite decifrar os códigos impenetráveis de nossas vidas que muitos querem desvendar e não conseguem adentrar. O renascer que alivia as dores da alma. O verso: "É no silêncio que a alma se recupera" é uma das frases mais belas que já li em toda minha vida. É ou não é lindo, gente?

Faixa 3 - A cereja do bolo está aqui! MEKHANTROPOMORFIZAÇÃO: A faixa 03 desse álbum é um grandioso manifesto artístico referente ao nome do álbum: EU HOJE CHOREI MINHA MORTE. Fala das despedidas, dos encerramentos dos ciclos, dos momentos, dos sonhos. Um relato de dor aliado a doces lembranças. Também expressa a dificuldade de exercer o desapego. Entender o que não faz mais sentido. Aceitar o que não é mais presente, entender o que é permanente, descartar o que já não se sente. A explosão vital aliado a força poética é tão forte nesta faixa que chega emociona.
Faixa 4 - E o primeiro pedaço vai para? O OITAVO PASSAGEIRO PÓS-MEKANTRÓPICO (FEAT. AMANTE DA HERESIA): Alguém pode me explicar o que é essa música? Uma pegada dark, instigante e encantadora do início ao fim. Quanta beleza poética, minha gente! A voz cavernosa associada a uma letra linda que transita entre
a beleza de um amanhecer, envolto por uma procura incessante de preencher um vazio. Tentando encontrar um sentido para adentrar em si mesmo. A psicodelia vital que pode deixar de ser preto e branco e se tornar colorida. Ainda nem me recuperei da frase de MekHantotens Tranzinários e me deparo com outra frase sobre silêncio: "Silêncio sem Tédio". Essa frase me traz diversas interpretações, onde o meu consciente ou subconsciente não tem limites para decifrá-la. Me permitem ser a nona passageira desse delírio musical?

Faixa 5 - Assoprando as velinhas com IN THE WORDS OF BONES: Melancólica, com acordes suaves, a faixa 05, cantada toda em inglês, traduz literalmente, a dor das complexidades humanas. Da importância que damos, mais as coisas supérfluas do que a própria vida. Dos ciclos, da finitude das coisas, da desesperança em meio a tristeza emocional, ocasionada pela paranóica e obsessiva ideia de que viver é sempre correr riscos.

Faixa 6 - Recebendo os cumprimentos por O ACIMADOR/CANI BUIU MANTRA (FEAT CIBERPAJÉ): A faixa 06 deste álbum conta com a participação do professor e pesquisador Edgar Franco. Me sinto completamente envolvida por essa canção. Minha mente vagueia por um universo cósmico, singular, noturno, mágico, transcendental, embalados por uivos, instrumentos mágicos, uma sonoridade que tranquiliza e inebria. A obscuridade se transforma em um bálsamo que acalenta a alma e o espírito.

Faixa 7 – Adivinha quem apareceu no final da festa? RESQUÍCIO DE CARBONO E SILÍCIO(Do lado de dentro): A baladinha que chega para encerrar a festa em grande estilo. A faixa 07 tem acordes de rock, que muito me lembrou Dire Straits, nos trazem à tona as nossas próprias dúvidas através de mensagens subliminares que teimam em ir de encontro com nossas certezas. Uma imersão nas profundezas do autoconhecimento que se revelam no silêncio do ser. Uau!

Que mergulho fantástico nessa obra! Me emocionei em meio ao contato com todo esse processo criativo. No contexto fantasioso do aniversário, apaguei as velinhas depois de ter cortado o bolo (risos). Mas o importante era curtir a festa. Como a faixa 5 era mais melancólica, achei que o apagar das velinhas só se encaixava nesta faixa, por esse motivo, a ação ficou inversa. O álbum tem um excelente repertório. As músicas com a pegada mais rock do álbum são muito bacanas e acredito que as escolhas tiveram um "dedinho" de Joan Jett, afinal, a paixão pelo rock acompanha Fredé desde o primeiro dia de nascido.

Por fim, irei escolher a minha favorita, que é o “Oitavo passageiro pós-mekHanTrópico” (feat. Amante da Heresia). A voz cavernosa com uma letra lindíssima fez com que ela se tornasse a minha queridinha desse EP. E ainda tem a frase “o silêncio sem tédio”, que sempre me impressiona e muito. Fico imaginando o que podemos fazer para que o silêncio não seja tedioso. Dormir? Talvez. Mas fiquei com essa frase na minha cabeça e fico refletindo tanta coisa...esse álbum tem um viés diferente proporcionado por esse renascimento.


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Gazy Andraus: Participo (da faixa 2) deste EP incrível do criativo Fredé CF! Fico contente com este trabalho e rápida parceria (que também foi feita numa Narrativa Visual Poética de meu Artezine Expandido). Parabéns ao autor. Ouçam!


Clique e ouça agora o EP "Eu hoje chorei minha morte"