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segunda-feira, setembro 07, 2020

[RESENHA] MekHanTropia: "Não há outro caminho além da Resistência", por Roberto Franco

 Não há outro caminho além da Resistência

Roberto Franco

(Cozinheiro, costureiro, escritor, realizador e antifascista.)

 

A obra MekHanTropia é um álbum indispensável àqueles que buscam reflexões e pensamentos que possam sustentar o difícil exercício de compreensão da realidade. Muitas faíscas reverberam meu estoque de questionamentos e mais ainda de motivações. Não há outro caminho além da Resistência.

De fácil assimilação, o conceito da MekHanTropia estabelece em síntese a ressignificação do homem enquanto máquina. Não propriamente o romantizado e poético ciborgue do imaginário sci-fi, alimento cultural de gerações que por décadas representou da literatura ao cinema o arquétipo de futuro tecnológico e a simbiose orgânica/mecânica. O MekHanTropo é por si um indivíduo biológico construído mentalmente pela mão do Estado em consonância com interesses de ordem econômica; como um títere do capitalismo. Um ser subjetivamente acéfalo, moldado em sua psique para repetir desenfreadamente padrões de pensamento antinaturais que valorizam o comportamento de manada. Tudo em benefício de interesses econômicos, políticos e de poder. O mekHanTropo, em escalas variáveis, somos nós. Prisioneiros tecnológicos de nossa própria vaidade.

Em detalhes

Ao longo da última década vivenciamos uma revolução tecnológica avassaladora. Através da Rede tivemos nossa existência funcional revirada do avesso. Da forma como nos comunicamos, dos perfis – físicos e psicológicos – que construímos de nós mesmos, das opções e escolhas de consumo (dos bens de consumo propriamente ditos aos padrões de valorização e aprovação do que nos é oferecido pela indústria cultural). Enfim, tudo que nos formata como referência de existência além da virtual. Diante dos significados da MekHanTropia, é factível afirmar que uma sólida fração do que hoje pauta quem somos e como pensamos faz parte de uma construção em escala global e de relevância histórica da apropriação dos meios tecnológicos como instrumentos de uma guerra invisível que mira e acerta em cheio o seu objetivo: a recolonização.

Há décadas a evolução tecnológica possibilitou a forma como povos e nações se integraram. Uma evidente consequência desta dinâmica foi o crescimento econômico de nações que ao longo dos séculos foram apropriadas por países imperialistas. E deste cenário surgiu o que, sobretudo na última década, ocorreu debaixo de nossos narizes e que se fundamentou como base para os dias de terror neofascista e fundamentalista que vivemos hoje. Um elaborado e bem executado plano de reengenharia social que, como se envolto por um verniz de invisibilidade, transcorreu sem grandes obstáculos. Cenários políticos conflituosos em diversos países que emergiram e construíram relativa autossuficiência, tensões sociais forjadas que desestruturaram governos de viés progressista e romperam o véu da coerência. Muitos exercícios jornalísticos de investigação passaram a ser desacreditados e associados a factoides conspiracionistas quando trataram de temas como guerra híbrida ou a influência de grupos econômicos sobre as lideranças políticas das nações. Apesar de relações complexas e um quê hollywoodiano em tais tramas, relacionar este tipo realidade ao perfil das fake news e conspirações neofascistas que abundam o universo informacional do brasileiro hoje é, no melhor cenário, uma ironia.

O que vivemos além dos ocultos jogos de poder que certamente não serão ventilados na imprensa mundial e o que está em jogo é mais do que interesses de poder econômico e subjugação de um pensamento progressista a um reacionário. É a ressignificação do indivíduo, a transmutação de suas principais referências naturais e sociais claramente instintivas a um mecanismo (des)intelectual. É a busca pela construção de comunidades previsíveis, subjugadas e pacíficas como parte da engrenagem de dominação e controle. Trata-se da instrumentalização das ferramentas tecnológicas que ressignificaram a forma que vivemos e nos relacionamos. Um emprego violento e militarizado dessas estruturas tecnológicas buscando condicionar pensamentos coletivos.

A mekHanTropia que me ameaça é aquela que atinge a todos. A que por uso de ferramentas massivas de comunicação/socialização/existência virtual ressignificou no pensamento social conceitos antes vistos como primários, individuais e sociais. Com o objetivo principal de dominação, controle e subjugação. Essa relação entre a geopolítica e a MekHanTropia, apresentada aqui de forma superficial, é concreta e absolutamente indissociável. A transformação de valores mercantis sob a ótica do moribundo ultra neoliberalismo em um novo padrão de pensamento no imaginário coletivo popular faz com que olhares maniqueístas de complexidade medieval sejam a pauta dos debates e discussões em redes sociais por indivíduos que não tiveram acesso aos mais elementares aspectos conceituais de temas como livre mercado, liberdades individuais ou até mesmo o comunismo histórico.

Iludido pela certeza inserida artificialmente em suas convicções, o mekHanTropo se integra enquanto engrenagem na máquina de controle do Estado sobre os indivíduos. Cego pela vaidade da aprovação de seus pares, consolida a destruição não apenas de sua própria existência (física, psicológica e social) mas também do meio ambiente.

Retomando a perspectiva da obra, o MekHanTropo pode ser descrito como um sujeito social que aniquila a ideia de sua própria essência. Tanto em sua capacidade de se conectar com outro quanto em sua capacidade de se perceber parte da natureza. Não habita nele a natureza, habita nele a programação recorrente e continuada que recebe e sequer imagina. Legitima o discurso imposto e distorce sua própria compreensão de si e de seus instintos naturais comuns a outras espécies como a autopreservação.

Aprisionado na fantasia de viver em um futuro utópico de harmonia mediada pela tecnologia (uma fanfic personalista sobre o capitalista que acredita ser), o MekHanTropo se fortalece pela estupidez alheia, todos dependurados uns aos outros e a um pensamento de capitalismo de salvação e suas falsas benesses. Não há distopia que não se erga sobre a ilusão de uma utopia.

Por isso, ao analisar as atuais políticas de estrutura neofascista e fundamentalista que por meio do voto chegaram ao poder em diversos países, alguns pontos narrativos e de discurso comuns entre si ficam evidentes. Sobretudo quando justificam a barbárie com temas como liberdades individuais. A Legitimação de personalidades que há uma década eram desprezadas pela própria insignificância diz muito e muito claramente sobre o sucesso da empreitada de desumanização do indivíduo comum, reflexivo, conectado com a natureza e consigo.

Vivemos sim dias de trevas, caro Fredé, e não há horizonte de transformação. A Obra MekHanTropia me impactou tão positivamente quando entendi sua proposta mais ampla: a provocação. Ao autoconhecimento, ao exercício cotidiano de reflexão sobre pensamentos e ações. Sobre o que somos, o que consumimos, como nos relacionamos. E, mais importante, como conseguiremos nos ressignificar, voluntaria e conscientemente, depois de termos sido todos ressignificados artificialmente pela máquina tecnológica de consumo e de comportamentos, de fora pra dentro.

A Resistência começa de dentro pra fora.

Adquira agora o seu CD "MekHanTropia" com pôster e adesivo exclusivo pela loja virtual do selo Two Beers or not Two Beerswww.twobeers.com.br 

Ouça o álbum digital na plataforma BandCamp NESSE LINKhttps://fredefoak.bandcamp.com/album/mekhantropia


Leia opiniões de artistas, educadores e comunicadores sobre o álbum "MekHanTropia", de Fredé CF


Confiram abaixo alguns comentários e impressões de diferentes pessoas que entraram em contato com o álbum MekHanTropia e trouxeram relatos sobre a experiência: 

- “Imersos na tormenta de 2020, sentimos um peso nas costas ainda maior por vivermos no Brasil. Atônitos, não sabemos qual crise é a mais devastadora: sanitária, política ou de Fake News. É no desconforto deste caos que as suas músicas aparecem como um bálsamo, um ativo xamânico, que joga luz artística sobre a realidade lúgubre, a dança das caveiras à qual assistimos. A tristeza, a melancolia, o rancor, a frustração, a raiva; em última instância, a desumanização de nossos dias pode ser suavizada pela arte. Nisso reside o princípio libertador e também libertário deste disco. No percurso narrativo proposto vislumbramos uma possível saída, uma esperança lúcida, sóbria. A revolução que nos espera de dentro pra fora, transmutação, elevação da consciência, sem perder de vista a sombra que habita todos nós, demasiado humanos. Escuta incontornável para digerir estes tempos. Só elogios para o projeto! Parabéns a todos os envolvidos. Recomendo fortemente.” (Leticia Guelfi historiadora/professora)

 “Parabéns pelo belo trabalho!!! Fantástico!! Catarse!” (Rosa Berardo - professora/artista/cineasta/fotógrafa/pesquisadora)

- “Grande honra participar desse álbum incrível colaborando com a arte de capa, projeto gráfico e também em algumas canções! O conceito e a poesia envolvidos nas músicas do trovador transumano Fredé CF, com seu violão atômico e sua verve iconoclasta, são de grande impacto e dialogam profundamente com o colapso em que vivemos. Poesia de grande força para esse momento trágico e reflexivo!” (Edgar “Ciberpajé” Franco -  artista multimídia/professor/pesquisador)

- “Fredé Carvalho entra de forma profunda no contexto atual, a conjuntura, a necropolítica, na exacerbação da ignorância, em tudo que é pseudo. Não é fácil acompanhar suas verdades dolorosas. O álbum é real. Desprovida de qualquer ilusão ou ambição. Arte pela arte, pela expressão daquilo que você já não segura mais. A revolta contra o que nos enfiamos. Contra a caretice, a falta de empatia, o mundo moderno, o capitalismo tosco, o governo de merda que conjuga tudo isso. As canções são despidas, transparentes. Não há espaço para a hipocrisia. É paulada envolta em um som cru e  experimental. Acho incrível que ele tenha feito isso. Teve que aprender muita coisa para construir essa gravação. Movido pela indignação com a realidade atual do mundo e do país, Fredé mete o dedo na ferida. O dedo inteiro, com as unhas compridas, sujas, para infeccionar mesmo. Para apodrecer esse corpo moribundo e causar renovação. Buscando um novo ciclo, sempre. É algo romântico. Algo que precisamos todos, esperança em tempos vindouros. No século 21, padecemos disso. Mas o Fredé tá lá! Mantendo a cabeça erguida pra fora da latrina em que vivemos, engolindo merda como na descrição do inferno de Dante. Poucos tiveram sua coragem para produzir arte de forma tão dura e crua contra o sistema em que estamos inseridos.” (Leandro Torreal  - funcionário público/músico)

-  “Ficou fera demais! A melodia, os efeitos tridimensionais da esteorofonia, as vozes, a medonha arte... tudo!” (Cláudio Dutra - artista visual/pesquisador)

“Trabalho visceral, complexo e ao mesmo tempo direto, na cara. Uma análise fria e realista desses tempos sombrios, tanto politicamente quanto eticamente: da hipocrisia da "gripezinha" a tal banalização da vida humana. Um soco na cara dessa sociedade cada vez mais dependente de likes cibernéticos, mas que esquece até mesmo de seus entes queridos. Um complexo de relações e referências musicais, cinematográficas, literárias. E em meio a todo esse caos artístico, uma mensagem mais que necessária: só a arte para nos salvar desse mundo perverso! Parabéns por essa obra tão intrigante e reflexiva, Fredé CF!" (Evandro Galo Galo – filósofo/professor/músico)

"As faixas trazem sons que vão da leveza à profundidade do abismo, com palavras tão atuais, tão reflexivas, que é impossível ficar alheio ao que o mundo que vivemos hoje. Como sempre, a arte servindo de conexão com o real, com o nosso planeta interno e externo, com as reflexões necessárias e na dose certa. A capa traz uma mistura de sensações, o que o ser humano foi e onde pode chegar, num futuro nebuloso, obscuro, fruto do egocentrismo e da não-conexão com a natureza. O Messias de Rosemary: atualmente temos um Messias que (des)governa o Brasil, a própria representação do mal, do que há de pior na raça humana, que nos colocou num inferno sem fim. E foi parido por uma verdadeira Rosemary, igual a do filme do Polanski, que dá à luz uma criatura que ela nem tem noção do que seja, confiando apenas no que diz o marido, que vendeu a alma. E quantos brasileiros hoje não estão assim, acreditam no que os outros dizem, confiam fielmente em notícias falsas e ajudam a parir monstros. Em A Sombra, vemos o bater do coração, o tic tac do relógio e a pegada flamenca num mesmo compasso, mostrando que as sombras do nosso eu interior, das densas florestas que habitam em nós, são nós a serem desatados, o que nos levará à empatia da solidariedade, que fazem cegos verem, aleijados andarem, surdos ouvirem e mudos falarem, não como Jesus fazendo milagres, mas como o ser humano que segue seu curso rumo ao outro, ao altruísmo. Na faixa Om Shanti Blues, os questionamentos sobre vida, morte, existência, sangue, lembram a maiêutica socrática, a certeza de que não existem certezas. E, no final das contas, sempre é o amor que transforma e nos torna humanos, que mostra quem realmente somos.” (Adaor Oliveira - Filósofo/professor/pesquisador)

- “Áudio muito bem gravado e excelente nos fones. Crítica necessária ao ser humano. Poética como fator preponderante! Arte!” (Gazy Andraus - professor/ artista/pesquisador)

- “Isso que eu chamo de um SmartAlbum! Mandou ver, Fredé!” (Henrique Ramos músico/comunicador)

“É muito massa o projeto, mano! Visceral, autêntico, desesperador e aliviante ao mesmo tempo.” (João Luiz “Panter” Fracon – sociólogo/funcionário público)

 - “Daquele menino alegre e que zoava sempre o avô Afrânio quando ia a Paracatu, eu só podia esperar esse artista, quase doutor, que dia a dia nos surpreende cada vez mais. Não sou muito entendido nesse tipo de música, mas causou-me uma ótima impressão. Vá em frente! Abraço.” (Adriles Ulhoa Filho – escritor)

 “Arte de trincheira!” (Julio Van - professor/ artista/pesquisador)

- “Gostei bastante do trabalho! Diversas referências de música (Joy Division, Blixa Bargeld, etc) e cinema (Sganzerla, Polanski, Mojica, etc) pulsantes na obra! Há questões interessantes relacionadas à um tom soturno que me remete muito à uma certa desesperança frente à realidade que nos cerca. Narrativa de caos! Me agrada muito tudo isso e tem tudo a ver com o momento que vivemos no Brasil e no Mundo. Esse trabalho tem uma pegada industrial mesclada com folk rock. Me agradam muito os ruídos, samplers, falas de filmes, sons do mundo, etc. As canções são muito legais. Funcionam muito. Gosto muito da voz quando não está inteligível...Muito foda! Parabéns pelo trabalho! Gosto muito dos momentos quando a música está indo pra um lado e de repente quebra tudo, no sentido de você esperar uma coisa e aí vem um som ou uma pausa e a música vai pra outro lado. Isso ficou muito legal!!! Curtindo muito o trabalho! Massa demais! Me deixei levar pela sinceridade...entro na onda...sou do submundo...e você também é! Grande obra. Você é PHODA! Admiro!” (Marcelo Faria - Cineasta/professor)

- “A experiência com os fones de ouvido muda tudo... muitas vozes, muitos sons e as palavras malditas e bem ditas. Arrasou, Fred! Você fotografou em imagens sonoras esses tempos sombrios.” (Cida Mendes - artista/atriz)

"É uma experiência esse disco. Um bom material pra sentar e ouvir de boa. Totalmente viciante. Valeu a pena ter conhecido. Fãs de psicodélicos ficarão loucos com isso aqui. Doideira total! Bem na veia da galera que fica procurando por algo psicodélico diferente." (João Carlos Gomes - Motim Underground/Músico)

- “Eu tenho sorte pra caralho! Este álbum foda aqui é parte do trabalho de doutoramento do meu professor de fotografia na Facul, o Fredé CF. Tudo feito em sua casa e apenas com seu aparelho de telefone como máquina de captação, edição e armazenamento. Ouçam! Deliciem-se!” (Mauricio De Lavenère Bastos - Músico/comunicador)

- “Que demais!! Que mais que demais!!! Acabei de conferir o álbum. Que honra ter a oportunidade de ouvir tudo isso. Que trabalho lindo e peculiar. Parabéns a equipe!” (Carla Fernandes - Arquiteta)

- “Extraordinária visão do cotidiano, um tapa na cara dos dormentes, dos dementes, dos que realmente empurram com a barriga. Parabéns pela iniciativa, por manter a arte viva enquanto a morte grita lá fora, jamais poderemos deixar essa chama se findar, esse fogo fátuo, essa centelha primordial irá ecoar, viva, pulsante, transformadora.” (Wellington R. Cavalcanti - Comunicador)

- “Necessário degustar muito! Nota 1000! Aprecie sem moderação!” (Manoel Carlos Pires - músico)

- “Escutei um eco de entropia ali no seu conceito também. Talvez seja um caminho pra pensar a máquina também como programa, a partir de Flusser, já que ele também convoca essa noção, dizendo que um aparelho opera contra a tendência universal à entropia.” (Marcelo Ribeiro - professor/pesquisador)

- "Parabéns, Frederico. Vi sua mãe barriguda de você na faculdade. Muito ruído era provocado naquele tempo... Agora vejo essa obra sua .. é a continuidade tão necessária da vida." (Antônio Teles - médico/educador)

- “Difícil ficar indiferente a esta coleção de sons e sentimentos; o talentoso Fredé (que eu teimo em chamar de Felipe) mostra que nossas concepções estéticas precisam de um ‘upgrade’. É irônico usar a tecnologia para criticá-la. Um álbum feito utilizando um celular como gravador e com os sons captados pelo fone de ouvido do dispositivo, demonstra como o que nos limita e fascina por intermédio de seus infinitos devices pode ser transmutado em concepção libertadora: saída da Matrix MekHanTrópica detectada pelo artista transmídia Fredé CF. Cada verso das músicas contidas neste álbum nos remetem a reflexões profundas, espelhando as vivências do ‘novo normal’ experienciadas por todos durante o Brave New World da Covid 19: “Não dar ao medo o poder. Ele é só um mensageiro” (Na Encruzilhada). Dialoga com a concepção de Pai, Filho e Espírito Santo com a triangulação esquematizada em sua obra: 1 – Trevas; 2 – Reconhecimento da Ignorância; 3 – Redenção. Um budismo pós-humano ao alcance de homens, máquinas e animais transmutados. A redenção humana, ou o seu tormento eterno, está diretamente ligada ao que faremos da nossa própria sombra. Fredé como um bardo medieval tripudia e ri de nossa desesperança, ao mesmo tempo que nos faz chorar...Reflexões interessantes... material para ser apreciado com calma.” (Luiz Jr - músico/professor/pesquisador)

- “Potente!” (Carla de Abreu - Professora/Artista/pesquisadora)

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Ouça o álbum digital na plataforma BandCamp NESSE LINK 



[Lançamento] CD físico "MekHanTropia", de Fredé CF + comentários de artistas, educadores e comunicadores sobre o álbum



O álbum MekHanTropia foi todo composto, gravado, mixado, finalizado e produzido pelo smartphone (inclusive os videoclipes) no bunker de Fredé CF, em Goiânia – Goiás - Brasil, durante a pandemia de COVID-19 (2020). Captado apenas com o microfone do fone de ouvido, tem as letras, música, voz, violões, baixo, percussão, samplers e vocais realizado por Fredé CF em uma produção completamente D.I.Y. autoral.

A obra, que já estava disponível virtualmente desde junho, agora ganha também uma versão física em CD algumas músicas extras, um adesivo e um belo pôster.

Com lançamento pelo selo Two Beers or not Two Beers no dia 07/09/2020, o álbum é parte integrante do projeto musical autoral D.I.Y. solo reflexivo de autotransformação do artista, professor, doutorando em Arte e Cultura Visual (UFG) e baixista da banda Cão Breu, Frederico Carvalho Felipe (a.k.a. Fredé CF) e conta com impactante projeto gráfico e arte da capa e do encarte feita pelo glorioso artista multimídia e professor Edgar “Ciberpajé” Franco, que também teve participação mais que especial em quatro faixas com seus aforismos iconoclastas, vocais viscerais e tocando instrumentos musicais transcendentais mágicos. 


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“‘MekHanTropia’ une psicodelia com a angústia existencial de nossos tempos sombrios.“ (TBonTB)

Leia abaixo alguns comentários e impressões de diferentes pessoas que entraram em contato com o álbum MekHanTropia e trouxeram relatos sobre a experiência: 

- “Imersos na tormenta de 2020, sentimos um peso nas costas ainda maior por vivermos no Brasil. Atônitos, não sabemos qual crise é a mais devastadora: sanitária, política ou de Fake News. É no desconforto deste caos que as suas músicas aparecem como um bálsamo, um ativo xamânico, que joga luz artística sobre a realidade lúgubre, a dança das caveiras à qual assistimos. A tristeza, a melancolia, o rancor, a frustração, a raiva; em última instância, a desumanização de nossos dias pode ser suavizada pela arte. Nisso reside o princípio libertador e também libertário deste disco. No percurso narrativo proposto vislumbramos uma possível saída, uma esperança lúcida, sóbria. A revolução que nos espera de dentro pra fora, transmutação, elevação da consciência, sem perder de vista a sombra que habita todos nós, demasiado humanos. Escuta incontornável para digerir estes tempos. Só elogios para o projeto! Parabéns a todos os envolvidos. Recomendo fortemente.” (Leticia Guelfi historiadora/professora)

 “Parabéns pelo belo trabalho!!! Fantástico!! Catarse!” (Rosa Berardo - professora/artista/cineasta/fotógrafa/pesquisadora)

- “Grande honra participar desse álbum incrível colaborando com a arte de capa, projeto gráfico e também em algumas canções! O conceito e a poesia envolvidos nas músicas do trovador transumano Fredé CF, com seu violão atômico e sua verve iconoclasta, são de grande impacto e dialogam profundamente com o colapso em que vivemos. Poesia de grande força para esse momento trágico e reflexivo!” (Edgar “Ciberpajé” Franco -  artista multimídia/professor/pesquisador)

- “Fredé Carvalho entra de forma profunda no contexto atual, a conjuntura, a necropolítica, na exacerbação da ignorância, em tudo que é pseudo. Não é fácil acompanhar suas verdades dolorosas. O álbum é real. Desprovida de qualquer ilusão ou ambição. Arte pela arte, pela expressão daquilo que você já não segura mais. A revolta contra o que nos enfiamos. Contra a caretice, a falta de empatia, o mundo moderno, o capitalismo tosco, o governo de merda que conjuga tudo isso. As canções são despidas, transparentes. Não há espaço para a hipocrisia. É paulada envolta em um som cru e  experimental. Acho incrível que ele tenha feito isso. Teve que aprender muita coisa para construir essa gravação. Movido pela indignação com a realidade atual do mundo e do país, Fredé mete o dedo na ferida. O dedo inteiro, com as unhas compridas, sujas, para infeccionar mesmo. Para apodrecer esse corpo moribundo e causar renovação. Buscando um novo ciclo, sempre. É algo romântico. Algo que precisamos todos, esperança em tempos vindouros. No século 21, padecemos disso. Mas o Fredé tá lá! Mantendo a cabeça erguida pra fora da latrina em que vivemos, engolindo merda como na descrição do inferno de Dante. Poucos tiveram sua coragem para produzir arte de forma tão dura e crua contra o sistema em que estamos inseridos.” (Leandro Torreal  - funcionário público/músico)

-  “Ficou fera demais! A melodia, os efeitos tridimensionais da esteorofonia, as vozes, a medonha arte... tudo!” (Cláudio Dutra - artista visual/pesquisador)

“Trabalho visceral, complexo e ao mesmo tempo direto, na cara. Uma análise fria e realista desses tempos sombrios, tanto politicamente quanto eticamente: da hipocrisia da "gripezinha" a tal banalização da vida humana. Um soco na cara dessa sociedade cada vez mais dependente de likes cibernéticos, mas que esquece até mesmo de seus entes queridos. Um complexo de relações e referências musicais, cinematográficas, literárias. E em meio a todo esse caos artístico, uma mensagem mais que necessária: só a arte para nos salvar desse mundo perverso! Parabéns por essa obra tão intrigante e reflexiva, Fredé CF!" (Evandro Galo Galo – filósofo/professor/músico)

"As faixas trazem sons que vão da leveza à profundidade do abismo, com palavras tão atuais, tão reflexivas, que é impossível ficar alheio ao que o mundo que vivemos hoje. Como sempre, a arte servindo de conexão com o real, com o nosso planeta interno e externo, com as reflexões necessárias e na dose certa. A capa traz uma mistura de sensações, o que o ser humano foi e onde pode chegar, num futuro nebuloso, obscuro, fruto do egocentrismo e da não-conexão com a natureza. O Messias de Rosemary: atualmente temos um Messias que (des)governa o Brasil, a própria representação do mal, do que há de pior na raça humana, que nos colocou num inferno sem fim. E foi parido por uma verdadeira Rosemary, igual a do filme do Polanski, que dá à luz uma criatura que ela nem tem noção do que seja, confiando apenas no que diz o marido, que vendeu a alma. E quantos brasileiros hoje não estão assim, acreditam no que os outros dizem, confiam fielmente em notícias falsas e ajudam a parir monstros. Em A Sombra, vemos o bater do coração, o tic tac do relógio e a pegada flamenca num mesmo compasso, mostrando que as sombras do nosso eu interior, das densas florestas que habitam em nós, são nós a serem desatados, o que nos levará à empatia da solidariedade, que fazem cegos verem, aleijados andarem, surdos ouvirem e mudos falarem, não como Jesus fazendo milagres, mas como o ser humano que segue seu curso rumo ao outro, ao altruísmo. Na faixa Om Shanti Blues, os questionamentos sobre vida, morte, existência, sangue, lembram a maiêutica socrática, a certeza de que não existem certezas. E, no final das contas, sempre é o amor que transforma e nos torna humanos, que mostra quem realmente somos.” (Adaor Oliveira - Filósofo/professor/pesquisador)

- “Áudio muito bem gravado e excelente nos fones. Crítica necessária ao ser humano. Poética como fator preponderante! Arte!” (Gazy Andraus - professor/ artista/pesquisador)

- “Isso que eu chamo de um SmartAlbum! Mandou ver, Fredé!” (Henrique Ramos músico/comunicador)

“É muito massa o projeto, mano! Visceral, autêntico, desesperador e aliviante ao mesmo tempo.” (João Luiz “Panter” Fracon – sociólogo/funcionário público)

 - “Daquele menino alegre e que zoava sempre o avô Afrânio quando ia a Paracatu, eu só podia esperar esse artista, quase doutor, que dia a dia nos surpreende cada vez mais. Não sou muito entendido nesse tipo de música, mas causou-me uma ótima impressão. Vá em frente! Abraço.” (Adriles Ulhoa Filho – escritor)

 “Arte de trincheira!” (Julio Van - professor/ artista/pesquisador)

- “Gostei bastante do trabalho! Diversas referências de música (Joy Division, Blixa Bargeld, etc) e cinema (Sganzerla, Polanski, Mojica, etc) pulsantes na obra! Há questões interessantes relacionadas à um tom soturno que me remete muito à uma certa desesperança frente à realidade que nos cerca. Narrativa de caos! Me agrada muito tudo isso e tem tudo a ver com o momento que vivemos no Brasil e no Mundo. Esse trabalho tem uma pegada industrial mesclada com folk rock. Me agradam muito os ruídos, samplers, falas de filmes, sons do mundo, etc. As canções são muito legais. Funcionam muito. Gosto muito da voz quando não está inteligível...Muito foda! Parabéns pelo trabalho! Gosto muito dos momentos quando a música está indo pra um lado e de repente quebra tudo, no sentido de você esperar uma coisa e aí vem um som ou uma pausa e a música vai pra outro lado. Isso ficou muito legal!!! Curtindo muito o trabalho! Massa demais! Me deixei levar pela sinceridade...entro na onda...sou do submundo...e você também é! Grande obra. Você é PHODA! Admiro!” (Marcelo Faria - Cineasta/professor)

- “A experiência com os fones de ouvido muda tudo... muitas vozes, muitos sons e as palavras malditas e bem ditas. Arrasou, Fred! Você fotografou em imagens sonoras esses tempos sombrios.” (Cida Mendes - artista/atriz)

"É uma experiência esse disco. Um bom material pra sentar e ouvir de boa. Totalmente viciante. Valeu a pena ter conhecido. Fãs de psicodélicos ficarão loucos com isso aqui. Doideira total! Bem na veia da galera que fica procurando por algo psicodélico diferente." (João Carlos Gomes - Motim Underground/Músico)

- “Eu tenho sorte pra caralho! Este álbum foda aqui é parte do trabalho de doutoramento do meu professor de fotografia na Facul, o Fredé CF. Tudo feito em sua casa e apenas com seu aparelho de telefone como máquina de captação, edição e armazenamento. Ouçam! Deliciem-se!” (Mauricio De Lavenère Bastos - Músico/comunicador)

- “Que demais!! Que mais que demais!!! Acabei de conferir o álbum. Que honra ter a oportunidade de ouvir tudo isso. Que trabalho lindo e peculiar. Parabéns a equipe!” (Carla Fernandes - Arquiteta)

- “Extraordinária visão do cotidiano, um tapa na cara dos dormentes, dos dementes, dos que realmente empurram com a barriga. Parabéns pela iniciativa, por manter a arte viva enquanto a morte grita lá fora, jamais poderemos deixar essa chama se findar, esse fogo fátuo, essa centelha primordial irá ecoar, viva, pulsante, transformadora.” (Wellington R. Cavalcanti - Comunicador)

- “Necessário degustar muito! Nota 1000! Aprecie sem moderação!” (Manoel Carlos Pires - músico)

- “Escutei um eco de entropia ali no seu conceito também. Talvez seja um caminho pra pensar a máquina também como programa, a partir de Flusser, já que ele também convoca essa noção, dizendo que um aparelho opera contra a tendência universal à entropia.” (Marcelo Ribeiro - professor/pesquisador)

- "Parabéns, Frederico. Vi sua mãe barriguda de você na faculdade. Muito ruído era provocado naquele tempo... Agora vejo essa obra sua .. é a continuidade tão necessária da vida." (Antônio Teles - médico/educador)

- “Difícil ficar indiferente a esta coleção de sons e sentimentos; o talentoso Fredé (que eu teimo em chamar de Felipe) mostra que nossas concepções estéticas precisam de um ‘upgrade’. É irônico usar a tecnologia para criticá-la. Um álbum feito utilizando um celular como gravador e com os sons captados pelo fone de ouvido do dispositivo, demonstra como o que nos limita e fascina por intermédio de seus infinitos devices pode ser transmutado em concepção libertadora: saída da Matrix MekHanTrópica detectada pelo artista transmídia Fredé CF. Cada verso das músicas contidas neste álbum nos remetem a reflexões profundas, espelhando as vivências do ‘novo normal’ experienciadas por todos durante o Brave New World da Covid 19: “Não dar ao medo o poder. Ele é só um mensageiro” (Na Encruzilhada). Dialoga com a concepção de Pai, Filho e Espírito Santo com a triangulação esquematizada em sua obra: 1 – Trevas; 2 – Reconhecimento da Ignorância; 3 – Redenção. Um budismo pós-humano ao alcance de homens, máquinas e animais transmutados. A redenção humana, ou o seu tormento eterno, está diretamente ligada ao que faremos da nossa própria sombra. Fredé como um bardo medieval tripudia e ri de nossa desesperança, ao mesmo tempo que nos faz chorar...Reflexões interessantes... material para ser apreciado com calma.” (Luiz Jr - músico/professor/pesquisador)

- “Potente!” (Carla de Abreu - Professora/Artista/pesquisadora)


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