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Goiânia, Goiás, Brazil
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quinta-feira, abril 23, 2020

"Por medo ou por preguiça" - Fredé CarFeli


[Lançamento na Quarentena] Clipe da música "Por medo ou por preguiça" feito com fotografias e desenhos transformados com a utilização da rede neural Deep Dream. Nas técnicas, na música e no andar da narrativa busca-se a fuga da MekHanTropia por meio da autotransformação, do autoconhecimento e da (re)conexão com nosso habitat natural e nossa sombra.

Música, letras e arranjos (gravado e mixado pelo celular): Fredé CF
Fotos: Fredé CF
Desenhos: Edgar "Ciberpajé" Franco
Edição: Fredé CF

MekHanTropia: transformação do Homem (antropo) em Máquina (Mekhos). Pode-se ampliar o conceito às nossas relações sociais e com o meio natural, aproximando-o também ao conceito de “misantropia”, que é a aversão ao ser humano e à natureza humana de forma geral ou a falta de sociabilidade. Assim, um “MekHanTropo” seria um tipo de ciborgue (homem-máquina) destruidor da vida natural (orgânica) e a “MekHanTropia” uma indução (ou intenção) causada pelo sistema institucionalizado para o indivíduo se tornar, ludibriadamente ou não, um “MekHanTropo”. Esta situação traria recompensas ilusórias sobre um futuro de falsa utopia, pois, ao invés de harmonizar-nos com o meio e com o domínio das técnicas, se basearia no luxo, lucro e bens materiais, o que o torna, de fato, uma distopia causada pela própria vaidade do “MekHanTropo”, que abdica de sua vida e se metamorfoseia em engrenagem de aniquilação a serviço de um sistema seco, sem vida. Nessa ideia de distopia, em minha visão, a humanidade é extinta, o planeta não necessariamente. O conceito ainda está em andamento. "Han" surge no interior da palavra, como uma homenagem ao pensador “HAN, Byung-Chul”, crucial para essas reflexões.


quinta-feira, abril 16, 2020

Sobre o medo (Fearless)



Você me diz que é impossível transformar
Transmute-se
Você me diz que gostaria de tentar
Liberte-se
O agora é só o que nós temos
O tempo
E os contratos
São convenções que nos desviam do que somos
Enquanto voo me despeço dos meus medos
E me encontro
Já no espaço reservado aos pensamentos.

Por ódio o verme foi eleito pelo povo (fake news robots)
Sorrindo
Com medo de um vírus neoliberal
Restritos
Lutamos por sobrevivência
Enquanto o mundo explode
O nefasto palhaço grita na televisão
O povo segue descontando a frustação
E entre máquinas eu vou sonhando contra toda a multidão.