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segunda-feira, setembro 03, 2018

Desastre no Museu Nacional - Os autores do crime permanecem soltos

Foto: Marcelo Sayão



Texto: Leticia Guelfi 

O primeiro final de semana do mês de setembro começou mais cinza, literalmente. Ontem a noite um incêndio de proporções faraônicas atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Poucas horas foram suficientes para apagar 200 anos de memória da nossa história.

Enquanto isso, embora os culpados pelo ato criminoso sejam conhecidos, nenhum inquérito ou mesmo prisão foram decretados. De acordo com o Código Penal Brasileiro, Homicídio Culposo ocorre quando uma pessoa mata outra, mas sem que tivesse esta intenção, nem tendo assumido conscientemente riscos da ação. Ainda de acordo com o artigo 121, podemos caracterizar o homicídio culposo como negligência: agir sem cautela ao realizar uma ação. Por exemplo, não verificar os pneus e freios antes de viajar e causar, posteriormente, um acidente.

Embora não apareçam nas manchetes, os responsáveis por esta catástrofe são os nossos políticos que, em meio a gestões desastrosas, operam cortes a torto e a direito, sem refletir sobre as consequências dos seus atos; os mesmos que negligenciam o repasse de verbas a instituições que são pedra angular da cultura nacional. O descaso mata.

E não estamos falando somente do Museu. A situação se agrava quando pensamos que esta instituição estava vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro, outro local sabidamente castigado pelos sucessivos cortes orçamentários, que objetivam, em última instância, tornar inviável a manutenção das Universidades Federais no Brasil. Em um mesmo panorama visualizamos, de um lado, goteiras, ratos, infiltrações; do outro, professores sem salários, laboratórios sucateados e interrupção de pesquisas. Um cenário no mínimo desolador.

E no ano do Bicentenário....nada temos a comemorar, pois tudo virou fumaça.

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