Ouça o EP agora em: https://fredecf.bandcamp.com |
"Tecelões Oníricos do Absurdo" é um EP que foi criado como obra estendida do conto homônimo, escrito por Fredé CF (aka Frederico Carvalho Felipe) para a antologia de ficção científica "Meu I.A.I.A., meu ioiô!", concebida por Ciberpajé (aka Edgar Franco) e C.N.S. (aka Diogo Soares), uma produção do Grupo de Pesquisa CRIA_CIBER (FAV/UFG).
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Esta obra transmídia integra o universo onírico de "MekHanTropia", criado por Fredé CF no doutorado em Arte e Cultura Visual (UFG) com orientação da profa. Dra. Rosa Berardo e do prof. Dr. Edgar Franco.
-Músicas, letras e produção DIY: Fredé CF
-A arte de capa integra o projeto transmídia "Meu I.A.I.A., meu ioiô!" concebido por Ciberpajé (aka Edgar Franco) e C.N.S. (aka Diogo Soares), uma produção do Grupo de Pesquisa CRIA_CIBER (FAV/UFG).
Goiânia - GO - Brasil
julho/2023.
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"Me chamo Valdez, Fritz Valdez. Você provavelmente não me conhece nem nunca ouviu falar sobre mim. Engasgado, neste diário não-linear tento alterar o meu modo de narrar para escapar das garras secas que insistem em me conter. Despausando a linguagem, escapo dessa engrenagem me estendendo ao máximo que posso fazer. Porém, ainda preso ao binário imposto pelas máquinas, pelas pausas, pelos pontos, pelos cantos desse labirinto ordinário.
Por isso guardo recônditos inimagináveis, escondidos em imagens abstratas, como chaves necessárias para entrar e transmutar. Pra botar pra foder! Estou prestes a morrer por esse vírus funesto que veio há pouco me abater, aos 40 anos. H6N66: malware psicobinário neopentecostal incentivado pelo Messias sanguinário pregador da moral. Aloprado. Mas não tenho mais tempo para blasfemar esse desgraçado.
Ouvi por aí que encontraram uma saída. Ou saídas. Mútuas. Híbridas. Imbricadas. Algorítmicas. Decodificadas. Trasmidiáticas. Oníricas. Trouxeram à tona nuances onde o sistema não se orienta. Portais difíceis de se ver a olho nu ou prever. Onde o binarismo anticósmico não consegue se reconhecer. ‘Onde’, não...‘quando’. Uma espécie de Anti-MekHanTropia que permeia as time-lines.
Então a dica é a seguinte: aprenda a ler o baralho QRcodificado. Jogue os dados. Pode ser que consiga uma trinca de seis aleatória. Tente a sorte. Ela tem andado ao seu lado? Pode ser que sim. Eu não a tive comigo nesse estado. Se tiver sorte, não se esquive. Encare-a de frente. O azar também, apesar de não o desejar pra você. É pra dentro que se olha. Pra dentro de si. Acesse os portais. Conecte os sinais. Pare de correr. Pense por você. Infelizmente, eu mesmo não consegui.
Ouça bem o que Aila tem a te dizer.
Com afeto,
F. Valdez
(MekHanTropia, ano zero)."
H.B.B.N.
F.Oak 2023
Um comentário:
E o que temos depois do Futuro? Tecelões Oníricos do Absurdo. Mais um álbum incrível, Fredé! A cada trabalho você se supera. O seu amadurecimento artístico é como uma nota musical sem fim. Ele aumenta cada vez mais e se apresenta de forma surpreendente a cada lançamento. O álbum possui acordes frenéticos que juntamente com o violão tão marcante em suas canções, nos remetem a algumas releituras de obras passadas como O espelho de Obsidiana, Incubus e Depois do Futuro. Perceptível também algumas influências como Raul Seixas. A capa encanta pela estética de cores fortes e vivas. O desenho de uma mulher que nos dirige a uma percepção sensualmente aflorada do universo feminino e seu poder, que trazem para a obra todo esse conceito visceral que permeia o universo dos sentimentos. Assim você foi tecendo Sonhos, lugares, despedidas, verdades, lágrimas, dores e amores...Não há espaço para o subjetivo. A realidade impera aqui!
Parabéns, meu caro por mais esse belo projeto e continue nos agraciando com a dádiva de poder contemplar a sua arte. Sucesso!!
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