Álbum “Depois do Futuro”, de Fredé CF (2023)
Novo álbum de Fredé CF:
“Depois do Futuro”.
Lançamento feito na quarta-feira de
cinzas, dia 22/02/2023.
Prólogo/Conceito:
Em MekHanTropia as diferenciações
entre o ordinário e o extraordinário se perdeu, ou melhor, foram intencionalmente
perdidas. Pelos sonhos, pelas telas, pelo ódio, pela destruição e pelo consumo
o sistema acessa e lucra sobre os desejos mais profundos de cada um e, assim,
imputa suas narrativas mekhantrópicas nos inconscientes como regimes de
verdades absolutas. Esse controle psicobinário é instituído alterando o
pensamento dos agora bovíduos mekhantropomorfizados que não conseguem mais
distinguir suas subjetividades.
O malware h6n66 recodificou as
relações planetárias e alterou a composição daquilo que antes se chamava de
“humano”, criando uma horda demoníaca transdimensional de zumbis tecnocratas
milicianos acríticos que instituem pesadelos em todas as três realidades ascottianas
conhecidas nesse universo (validada, virtual e vegetal).
Essas hordas, batizadas como
“HumanCron”, são lideradas pelo déspota necropolítico genocida conhecido como
“Messias”. Elas têm a incumbência de gerar pesadelos algorítmicos em quem tenta
“despertar” de MekHanTropia. “Succubus” e “Incubus” são os demônios nobres de
alta patente dessa horda. Pelos sonhos, eles sugam a energia vital e prendem os
resistentes em seus pesadelos mekhantrópicos.
Porém, uma usuária de codinome
“Ayla” conseguiu desorganizar o sistema e vencer uma batalha contra o “Messias”,
organizando e conduzindo uma resistência fragmentada a partir de dimensões fantásticas
oníricas que são inacessíveis às hordas neofascistas neopentecostais do Messias,
libertando e lançando luz sobre alguns aspectos sombrios que permeavam as três
realidades ascottianas. Tais movimentos de Ayla abriram novos portais de acesso
à Realidade Vegetal, até então oprimida e rejeitada pelo Messias, que está
agora absorvido pelo Limbo (com paradeiro exato desconhecido), após encontros
transdimensionais com Ayla e com o Cão Breu.
A esperança começa a tomar
conta e despertar as mentes mekhantrópicas cooptadas. Ayla lidera um resgate de
todo o conhecimento e sabedoria ancestral para reconectar a humanidade à Gaia e
todo o universo fantástico que a compõe e foi devastado ultimamente pela
MekHanTropia. Será que ainda há como reverter a situação?
Por outro lado, após o contato
com o Cão Breu e com o Acimador, Valdez se perdeu de Ayla e de si mesmo, e agora
transita juntando seus cacos em abismos sombrios fragmentados do Inferno do
Igual. Ele segue numa jornada de integração das sombras que o rodeiam, o
permeiam e o consomem, de fora para dentro e, sobretudo, de dentro pra fora
inserido no que ainda resta do sistema.
Mesmo ainda preso aos
resquícios de carbono e silício dos simulacros e simulações de MekHanTropia,
ele começa a se transmutar em refluxos, na contramão do sistema e tenta enxergar
saídas pela arte, pela ciência e pela poesia em meio às luzes psicobinárias
padronizantes dos fluxos digitais, utilizando as Inteligências Artificiais e
outras ferramentas tecnológicas como aliadas. É tempo de transição.
Transformação. Expurgo. Integração das sombras. Renovação. Transmutação.
O amor vencerá o ódio? Valdez
encontrará Ayla novamente? O Messias foi completamente extirpado? Os pesadelos
foram integrados? O que virá “Depois do Futuro” em MekHanTropia?
Ouça em estéreo, com a atenção
voltada de dentro pra fora, pra tentar descobrir.
Boa viagem!
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Ficha Técnica:
- Fredé CF: vozes, violões,
baixo, percussão, samplers, sintetizadores, gritos, ruídos, gemidos, edições,
mixagens, capturas e apropriações.
- “Depois do Futuro” é parte
do universo transmídia onírico ficcional intitulado “MekHanTropia” (em
expansão), a obra integra minha pesquisa de doutorado (em andamento) em Arte e
Cultura Visual (UFG). O álbum foi composto, gravado, mixado, finalizado e
produzido pelo smartphone por Fredé CF em Goiânia – Goiás - Brasil, durante a
pandemia de COVID-19, entre os anos de 2022 e 2023.
Participações
Especiais:
- Leticia Guelfi: voz na faixa
6 (“Gaia”)
- Edgar “Ciberpajé” Franco:
instrumentos mágickos na faixa 6 [“Gaia”]
- Gustavo Ponciano: Guitarra e
arranjos na faixa 7 [“(des)Asfixia (Depois do Futuro)”]
Elementos poéticos
incidentais:
- Trechos da letra da faixa 4
[“Sonhos para adiar o fim do mundo”] inspirados em cartazes lambe-lambe colados
em postes na praia da Joaquina em Florianópolis-SC (dez/2022).
- Trechos da letra da faixa 6
[“Gaia”] retirados ou inspirados no livro “A Lei” de Aleister Crowley.
- Trechos da letra da faixa 7
[“(des)Asfixia (Depois do Futuro)”] retirados ou inspirados no “Manifesto
Pós-futurista” do livro “Depois do Futuro” (2019) de Franco Berardi, assim como
o conceito título desse álbum.
- Introdução
da faixa 8 [“Para todos e ninguém”] inspirada na composição “Also Sprach
Zarathustra”, de Richard Strauss, que também foi tema do filme “2001: Uma
Odisseia no Espaço”.
Para ir além (copie e cole na barra de endereços):
www.fredecf.bandcamp.com
www.mealuganao.blogspot.com
www.youtube.com/user/fredcfelipe/videos
Contatos:
e-mail: fredcfelipe@gmail.com
Instagram: @fredecf
F.Oak Produções Transmídia
2022.
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