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sábado, abril 23, 2022

[LANÇAMENTO/EP] "Eu hoje chorei minha morte" de Fredé CF

 (LANÇAMENTO DE ANIVERSÁRIO) Quarentei!

Ouça e baixe gratuitamente o EP no link: https://fredecf.bandcamp.com

E pra celebrar e potencializar a passagem por esse portal magicko da minha vida que se abre, lanço o EP “Eu hoje chorei minha morte”, repleto de sigilos transmutacionais de renovação.

EP também disponível em todas as plataformas de streaming.

                    Ouça e baixe gratuitamente o EP no link: https://fredecf.bandcamp.com

Em “Eu hoje chorei minha morte” penso sobre um deslocamento conceitual a um futuro devastado pela MekHanTropia que assola o planeta. O silício e o carbono em constante autodestruição.
Em “MekHanTropia”, o olhar dos personagens é convocado pra dentro, para a reflexão e autotransformação nesse contexto de simulacro e simulação. Essa busca estabelece conexões com a figura lendária do Cão Breu, um ser fantástico que induz uma atenção às sombras junguianas, como meio de individuação, uma espécie de força metafísica oriunda do processo de autoconhecimento transbinário (FRANCO, 2021).
“Eu hoje chorei minha morte” representa essas transmutações necro e psicopolíticas (HAN, 2018) em “MekHanTropia”, além de marcar um portal mágicko de renascimento meu em meio ao caos, ao completar 40 anos de idade em 26 de março de 2022.
Uma passagem de espaço e tempo para renovação das ilusões. A crise de meia idade bate à porta. Para renovar, tento romper com bagagens que já não fazem sentido. A morte como um processo natural da vida em oposição à ideia utópica (na prática distópica) de existência infinita das máquinas que provocam a destruição do planeta e das espécies, como a abelha perdida na imagem da capa.
Há nas faixas relações entre o humano, a máquina, os fluxos e o habitat. Algumas músicas já estavam feitas mas só haviam sido lançadas em vídeos. Outras foram compostas e gravadas a partir de um ritual meditativo no qual deixei fluir os sons como surgiam no violão e sintetizadores. A intenção era acessar imagens subconscientes a partir dos sons, para então encaixar as letras. Há uma aproximação temática na obra com as trágicas mortes decorrentes da necropolítica que provoca destruição na saúde, no meio-ambiente, na educação, na cultura, na geopolítica, etc. Tais composições são também uma forma minha de viver o luto pela perda do meu avô paterno no último mês de fevereiro.
A obra narra uma imersão na mente do eu lírico, um ser humano em processo de mekHanTropomorfização, ou seja, se transformando em fluxos e cancelando suas características orgânicas animais. Nesse processo o tempo e o espaço são alterados e se mesclam com os resquícios de paixão que ainda restam. Sua percepção existencial se modifica adentrando os processos digitais e não mais as intencionalidades de percepção, imaginação, afetos e memória originais.
As parcerias estabelecidas na obra expandem e tocam outras reflexões e universos, como a releitura da música da banda Ps&co Ataq, a letra do Amante da Heresia e as participações especiais incríveis de Gazy Andraus (letra e voz) e do Ciberpajé (com seus uivos e instrumentos transcendentais). Pontos de insurreição, irradiando a resistência do animal interior de poder insurgente em meio aos ruídos tecnológicos.
As músicas narram certa relutância do eu lírico pela transformação e a esperança de que, ao sair da situação protética para uma experiência imersiva total na máquina, deixaria de ser um escravo. Ledo engano! O renascimento digital padronizado se impõe. A ideia ilusória de que com a transformação da vida em imagens e sons digitais continua-se “vivo” mesmo após a morte some diante do hiperfluxo das redes e da inexorável finitude de tudo. Gaia irá se renovar, nós não.
Enquanto isso, a “hiperconectividade” e a “hiperinformação” guia-nos a um sistema instituído em função do “hiperconsumo” e da “hipercomparação” fundada no medo e produtividade, o que atrofia cada vez mais a imaginação.
Tais reflexões são aqui tratadas para pensar poeticamente questões atuais deslocadas a um cenário no qual a subjetividade não é tolerada. O eu lírico crê que tudo que ele pensa é absurdo, mas não entende que nem ele mais pensa por si mesmo. E você? O que pensa? Pensa?
Ouça em estéreo.

                     Ouça e baixe gratuitamente o EP no link: https://fredecf.bandcamp.com

Ficha Técnica:
Letras, músicas, voz, violões, baixo, percussão, sintetizadores, samplers, vocais, etc (D.I.Y.): Fredé CF
Participações especiais de:
Gazy Andraus: Letra e voz - faixa 2
Amante da Heresia: Letra - faixa 4
Ciberpajé: uivos e instrumentos mágickos - faixa 6
“Eu hoje chorei minha morte” é parte do universo transmídia onírico ficcional intitulado “MekHanTropia” (em expansão), a obra integra minha pesquisa de doutorado (em andamento) em Arte e Cultura Visual (UFG). O EP foi composto, gravado, mixado, finalizado e produzido pelo smartphone por Fredé CF em Goiânia – Goiás - Brasil, durante a pandemia de COVID (2022).
Contatos:
e-mail: fredcfelipe@gmail.com
Instagram: @fredecf
YouTube: fredcfelipe
PIX: (62)992221077
F.Oak Produções 2022.

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