Pela dor eu percebi
O poder póstumo do perdão
Ao viver a cada dia
sob o véu da ilusão.
Para trás o que apodrece
Pra de dentro emergir
Abraço as trevas como minhas
É possível (re)existir.
Transmutar o velho em novo
Lágrimas, cinzas em canção
O contexto retrocede
Seguro firme em sua mão.
Se achar a colina alta
Espere a hora de escalar
Pra subir vou do meu jeito
Sem ligar pro que vão falar.
Retiro o erro como marca
Vislumbrando o caminhar
Vendo as nuvens lá de cima
Você sorrir em algum lugar.
As palavras desafinam
Verdades feitas pra duvidar
Em agonia, lembra o poeta:
"Sempre desobedecer. Nunca reverenciar".
Dar tempo ao tempo
Para o tempo se ajeitar
Uivo as sombras da lua e tento
Permitir-me descansar.
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